Loading...

PRODUÇÃO ACADÊMICA

[Luciana Araújo Castro e Nina Caetano] O HABITAR COMO ESTÉTICA DO PÚBLICO: apontamentos sobre a prática de habitação teatralO artigo traz um recorte de uma pesquisa de mestrado na qual se propôs uma conceituação da prática de habitação teatral do grupo Teatro Público (Belo Horizonte/MG) como processo e poética da cena. Para tanto, as autoras partem aqui das estéticas ligadas ao caminhar para mapear o território da pesquisa e, em seguida, recorrem a outras práticas espaciais próximas à habitação teatral, a fim de traçar as semelhanças e diferenças que justifiquem a escolha de uma nova nomenclatura. Por fim, são delineadas algumas características da habitação teatral, como o convívio em temporalidade estendida, no intuito de pensar o habitar como estética do público.

[Luciana Araújo Castro] SOBRE O HABITAR E UM TEATRO QUE HABITA: A habitação teatral como processo e poética da cenaEsta dissertação realiza uma reflexão sobre a prática de habitação teatral desenvolvida pelo grupo Teatro Público – do qual sou atriz integrante – como processo e poética da cena contemporânea. Num primeiro momento, apresento um mapeamento do campo teórico e prático da pesquisa, com base em experiências artísticas do século XX que foram determinantes para o rompimento dos parâmetros tradicionais de produção e recepção em arte, para a diluição dos limites entre as linguagens artísticas e, consequentemente, para o surgimento de novas formas estéticas cada vez mais “contextuais” (ARDENNE, 2002), “relacionais” (BOURRIAUD, 2009) e “liminares” (CABALLERO, 2016). Após localizar a prática de habitação teatral dentro do recorte trazido pelas noções de “práticas cênicas” (CABALLERO, 2016), “práticas espaciais” (GARROCHO, 2015) e “arte pública” (BARRETO, 2009), recorro a outras modalidades artísticas que compartilham de alguns princípios e características, para traçar suas semelhanças e diferenças a fim de justificar a escolha por uma nova nomenclatura. Em seguida, descrevo e analiso as experiências de habitação teatral Naquele Bairro Encantado e Saudade, de maneira a tornar visíveis os modos como a relação com a espacialidade, o caráter convivial e a permanência contribuem para a diluição das fronteiras entre arte e vida; e em que medida os bairros e seus moradores se tornam coautores da prática artística. Por fim, as reflexões suscitadas pela experiência prática se desdobram numa possível conceituação para o termo “habitação teatral”, em diálogo com as discussões sobre o habitar propostas por Martin Heidegger, Juhani Pallasmaa e Óscar Cornago. [continuar lendo]

[Júlia Guimarães] O TEATRO COMO DISPOSITIVO RELACIONAL NA HABITAÇÃO CÊNICA NAQUELE BAIRRO ENCANTADO | Este artigo analisa a interação estabelecida entre atores, moradores e público na habitação cênica Naquele Bairro Encantado. Busca-se compreender como o projeto colabora para ressigni car fron- teiras entre arte e vida e resgatar memória histórica a partir do uso de dispositivos relacionais. [continuar lendo]

[Elisa Belém] DOSES DE FICÇÃO: A INTERVENÇÃO URBANA NAQUELE BAIRRO ENCANTADO | A intervenção urbana Naquele bairro encantado foi realizada em Belo Horizonte (MG), durante o ano de 2011. Para a realização do projeto, um grupo de atores alugou uma casa no bairro Lagoinha. O trabalho foi desenvolvido em diversas etapas. Os atores habitaram o bairro e a casa durante alguns meses. Os deslocamentos pelo bairro e dentro da casa foram feitos somente portando máscaras e figurinos. Os personagens geraram desde estranhamento até a condução de relações de amizades, mas os rostos reais dos atores não foram vistos [continuar lendo]

[Eberth Guimarães] CANÇÃO POPULAR E CRIAÇÃO CÊNICA NA INTERVENÇÃO URBANA NAQUELE BAIRRO ENCANTADO | Esta dissertação, de caráter teórico-prático, tem por finalidade a investigação da utilização de canções populares urbanas na intervenção Naquele Bairro Encantado, caracterizada por ser um trabalho de improvisação com máscaras expressivas em uma região tradicional da cidade de Belo Horizonte. A busca pela compreensão das canções como elemento dramatúrgico da intervenção instigou a necessidade de entendimento do que é a canção e da relação letra e melodia em sua estrutura. A partir da Semiótica da Canção pudemos encontrar os processos de identificação de uma canção e, em seguida, analisamos o discurso dessas canções no processo de criação e na performance com o público. O espaço de apresentação também foi considerado como elemento dramatúrgico e influenciador da peculiaridade da intervenção. Evidenciou-se a força dramatúrgica da canção especificamente nessa intervenção, proporcionando maior aproximação com o público, revelando emoções e conduzindo as ações improvisadas. [continuar lendo]